domingo, 2 de outubro de 2011

15 anos e não fugiu de casa



   Não fumou maconha, não bebeu, não falou com estranhos, não atravessou a rua sem olhar pros dois lados. Mas morreu.
   A gente procura um monte de explicações. Também, se não tivesse bebido. Também, se não tivesse entrado naquele carro. Também, o médico errou. Também, não descobriram a tempo. Quando algo trágico acontece nós tentamos atribuir culpa a qualquer elemento que faça parte desse mundo para não encarar essa verdade óbvia: Era inevitável. 
   É difícil aceitar a efemeridade da vida - a impotência em relação a isso. Parece tão injusta alguém ser dotado da capacidade de fazer tantas coisas e ter tão pouco tempo pra isso. Às vezes a gente tem a vida inteira pra aprender a viver. às vezes, apenas 15 anos.

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