quarta-feira, 15 de junho de 2011

Nada



Engraçado como tantas coisas que antes me eram tudo e pelas quais valia a pena dar a vida hoje não me são nada e não valem nem um pensamento. Acho que o tempo muda as coisas, afinal. O tempo é muito traiçoeiro. Corrói o amor até que ele se torne nada ao mesmo tempo que dilui o ódio até que ele se tornem nada também. Talvez esse seja o destino de tudo o que eu sentir na minha vida, sem me apegar a nada por muito tempo. Talvez viver seja perder anos apredendo a arte do desapego. Talvez os budistas estivessem certos.
O oposto do amor não é o ódio nem o desprezo, é o nada. e o oposto do ódio e do desprezo é o nada também. Tudo caminha em direção ao pó, e o que parece ser a coisa mais importante do mundo, que surpresa, daqui a uns anos vai ser a mais efêmera de todas. Talvez a efêmera seja eu, talvez as coisas simplesmente mudem. Mas de que adianta eu me desgastar pensando em sofrer se tudo acaba, se eu acabo? Ora, toda história de amor tem um fim. O fechar das cortinas é inevitável.

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