segunda-feira, 11 de abril de 2011

Já tomou sua dose hoje?

Essa minha vontade incessante de reabrir velhas feridas de novo e de novo e mais uma vez. Quando a história começa a morrer, lá vou eu de novo fuçar, chafurdar nessa memória enlameada à procura do que seriam lembranças boas se não tivessem tido um desfecho tão ruim, procurando loucamente um pequeno detalhe, uma partícula milagrosa que eu já não tivesse visto mil vezes ou mais, que explicasse tudo enfim e que como um "The End" finalmente encerrasse essa história que acabou já faz um tempo, mas que continua rodando e rodando na minha cabeça, me enlouquecendo e me afundando mais um pouco.
Esse apego irracional que a gente tem ao que nos fez sofrer que torna tão difícil virar a página. Qualquer pessoa normal se apega ao que é bom, mas às vezes você se acostuma tanto com o que é ruim que isso começa a penetrar em você como uma droga altamente viciante, e acaba se tornando tão parte de você que você começa a pensar nisso, falar nisso, respirar isso sem nem perceber.
Tudo acaba fazendo parte. Cada detalhe dessa vida póstuma à ele, acaba se tornando uma homenagem à ele. Cada momento solitário, cada momento ruim, é a reafirmação de que ele venceu no final. E até os momentos bons acabam me lembrando que poderiam ser melhores e não foram.
E eu acabo vivendo uma vida que não me pertence mais.

Um comentário:

Léo Manza disse...

Experimenta coisas novas, lugares novos e pessoas diferentes. Quem sabe sua mente da uma mudada de leve e tira essa noia pelo errado de vez da sua cabeça.
abraços ...leo.