Eu não vou conseguir, eu não vou conseguir, a voz na minha cabeça repetia de novo e de novo.
E era mais forte do que eu, na verdade. Se eu simplesmente não quisesse, seria mais fácil. Não quero e ponto. Contudo, querer ou não querer não tinha nada a ver com a questão, a minha vontade não fazia diferença, aquilo simplesmente não dependia do meu livre arbítrio. Não é não querer, é não conseguir. Era uma coisa que me havia sido imposta, uma condição, uma prisão da qual eu não conseguia sair. Ainda que eu lutasse constantemente pela minha liberdade, eu sabia que havia uma grande barreira que me separava dela.
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